EPIDEMIOLOGIA ESCLARECIDA - N3

Mais informações sobre epidemiologia

Órgãos da Saúde e Educação

  • Introduction to Epidemiology (Introdução à epidemiologia) - US Government Department of Health and Human Services
  • Epidemiology (Epidemiologia) – agenda de pesquisas de 2003 da OMS sobre os campos de radiofreqüência 
  • Epidemiology (Epidemiologia) – agenda de pesquisas de 2006 da OMS sobre os campos de radiofreqüência 
  • Epidemiology Overview Video (Vídeo sobre visão geral da epidemiologia) - Professor Michael Abramson ACRBR Science Week 2007
  • Epidemiology Workshop Video (Vídeo – workshop sobre epidemiologia) - Professor Michael Abramson ACRBR Science Week 2007

 

Outras fontes

 

TIPOS DE ESTUDOS: EPIDEMIOLOGIA - N2

O que é epidemiologia?
O que os estudos epidemiológicos podem nos dizer?
Como os estudos epidemiológicos são realizados?
Quais são os diferentes tipos de estudos epidemiológicos?
Quais são as limitações dos estudos epidemiológicos?
Como os resultados dos estudos epidemiológicos são interpretados? 

O que é epidemiologia? 

Epidemiologia é o estudo da disseminação das doenças nas populações e dos fatores que afetam essa disseminação. Em outras palavras, epidemiologia é o estudo da frequência que uma doença ocorre em diferentes grupos de pessoas e o por quê.

A epidemiologia teve um papel fundamental na identificação e quantificação dos riscos causados à saúde pelo cigarro e da exposição a agentes como o amianto.

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O que os estudos epidemiológicos podem nos dizer? 

Através da epidemiologia, conseguimos aprender muito sobre a incidência e causa das doenças. Esses estudos são importantes para as avaliações dos riscos à saúde porque estudam as pessoas diretamente, mas precisam ser interpretados com muita cautela.

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Como os estudos epidemiológicos são realizados?

Os estudos começam com um questionamento científico ou hipótese, que precisa ser respondida. Por exemplo, pessoas que tomam bebidas alcoólicas estão mais sujeitas a ter doenças cardíacas? Em seguida, são selecionadas as devidas populações para o estudo e é avaliada a exposição ao fator de risco alegado. Há vários tipos diferentes de estudos de epidemiologia, cada um com seus pontos fortes e fracos.

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Quais são os diferentes tipos de estudos epidemiológicos? 

Os tipos mais comuns são:

Estudo Prospectivo de Coorte 

Esse tipo de estudo acompanha um grupo de pessoas saudáveis com níveis diferentes de exposição e avalia o que ocorre com a saúde dessas pessoas com o decorrer do tempo. Nesses estudos, a exposição é anterior à ocorrência da doença, para se estabelecer a possível causa. Embora dispendioso e demorado, esses estudos não têm muito desvio porque fazem menos suposições sobre o assunto do estudo. Os estudos de coorte são mais indicados no caso de doenças relativamente comuns.

Controle de Caso 

Esses estudos comparam a exposição anterior aos fatores de risco propostos dos indivíduos com uma determinada condição de saúde (casos) e sem (controles), para verificar se as pessoas com doentes foram mais (ou menos) expostas. Esses estudos têm maior potencial de desvio, mas são mais baratos e fáceis de serem realizados. Outra vantagem é que esses estudos permitem investigar doenças raras, sem a necessidade de acompanhamento de populações muito grandes.

Ecologicos 

Esses estudos descrevem padrões ou tendências em um determinado nível geográfico e podem ser usados para explorar possíveis associações entre a exposição da comunidade e a doença. Porém, os estudos ecológicos são os menos informativos porque não conseguem estimar a exposição individual com precisão.

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Quais são as limitações dos estudos epidemiológicos? 

Os resultados dos estudos epidemiológicos, mostrem ou não uma associação, serão sempre afetados pelas limitações do tipo do estudo e da análise. Os resultados podem ser influenciados por erros ou tendências não identificados nos dados, a influência de outros fatores relevantes, ou por variações. Nos estudos caso-controle podem surgir tendências nas avaliações à exposição decorrente da incapacidade de reportar exposições anteriores. Por exemplo, um estudo de controle de caso sobre o uso de celulares será limitado pela capacidade da pessoa de se lembrar da utilização do celular há muito tempo.

Outra questão importante é o fator confundente, porque uma exposição é um fator de risco à doença e está associada à exposição de interesse.

Por exemplo, se um estudo estivesse examinando a relação entre o álcool e as doenças cardíacas, o cigarro agiria como um elemento confundente, porque o cigarro é notadamente uma das causas doenças cardíacas.

Quanto mais critérios forem detectados, maior a confiança de que há um agente que causa a doença que está sendo estudada. Por exemplo, pode ser detectada uma relação consistente em vários estudos epidemiológicos, mas se isso não contar com o suporte de evidências de estudos de laboratório, ou seja, a viabilidade biológica, pode não ser possível concluir que o agente tenha causado a doença.

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Como os resultados dos estudos epidemiológicos são interpretados?

Os resultados dos estudos epidemiológicos são apresentados em termos como risco relativo nos estudos de Coorte, ou proporções nos estudos caso-controle. São esses valores estatísticos que dão aos pesquisadores as informações sobre a força de qualquer relação detectada entre a doença e exposição ao fator de risco preconizado.

Os cinco principais critérios para se estabelecer uma provável relação, são: 

1. Força da relação – a relação precisa ser clara 
2. Consistência - é possível repetir com outras populações
3. Temporariedade - a exposição antecede a doença
4. Viabilidade - deve fazer sentido biologicamente
5. Variação biológica - relação dose-resposta, maior exposição igual a mais doença 

Todos esses critérios precisam ser atendidos antes que se possa afirmar que a exposição a um agente esteja causando a doença. Por exemplo, pode haver uma associação consistente em vários estudos epidemiológicos, mas se isso não for suportado por evidências de estudos laboratoriais, ou seja, de viabilidade biológica, não é possível afirmar categoricamente que o agente é o causador da doença.

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